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Episódio 1
Respeitável Público! O Grande Circo da Lua!

  • Ep 01 - Respeitável Público! O Grande Circo da Lua!

Ouvimos um som de uma ventania que assobia bem forte. Aos poucos começamos a ouvir uma música instrumental, é "Oh, du goldigs Sünneli".

 

Narração de Eva Znigrodóvski a Encantadora de Pulgas"

 

Eva: Respeitável público! Essa é uma história cheia de esperança. Sobre coragem, amor e perseverança. Mas prestem atenção.  Não é para qualquer um não. É uma história para quem não tem medo de agir com o coração. Ah, para quem não me conhece, eu sou Eva Zgnidróviski, o meu tataravô fundou o Grande Circo da Lua, e assim meu bisavô, avô e meu pai seguiram cuidando do Circo. Eu sou uma Encantadora de Pulgas. Vocês já ouviram falar em pulgas encantadas? Pois é. Eu tenho três pulguinhas muito apaixonantes. Duas adoram ficar no quentinho dos meus bolsos e a terceira ama ficar atrás da minha orelha, principalmente quando passo meu perfume. Elas são tão lindas e pequeninas! Para enxergá-las a olho nu vocês precisariam de lupas mas como essa, é uma história para se ouvir, basta que elas mostrem suas lindas vozes. Vou apresentá-las para vocês. Meninas vocês tão acordadas?! Alerta! Alerte! Temos visitas! (Som embolado das pulgas acordando) - Bom... A primeira é a Olfa, a pulga alemã que chegou no Brasil depois que o seu circo de origem encerrou suas atividades:

 

Olfa se apresenta em alemão. 1 frase.

 

Eva: Olfa! - Em português Olfa, por favor! Hoje o nosso público é brasileiro.

 

(Olfa volta a falar em português, com sotaque alemão)

 

Olfa: Oi, pessoal! Eu sou de Hamburgo, uma cidade do norte da Alemanha. Minha família sempre foi do circo: minha mãe, minha avó, bisavó, tataravó… Eu adoro comer chucrute, salchisas e nadar nos rios gelados.

 

Eva: Obrigada, Olfinha. Assim é bem melhor. A segunda pulguinha é a…

 

(Nuska interrompe com sotaque francês)

 

Nuska: Deixa que eu digo meu nome: NUS-KA, a pulga francesinha mais chique do mundo. Ah que saudades da minha Paris, de dar uns pulos pelas pontes do Rio Senna, tomar um suco de uva, comendo croissants no Louvre. (suspira)

 

Eva: Pode deixar Nuskinha, assim que essa ventania passar, a gente faz um belo passeio na França. E agora a minha terceira pulguinha: Ela! Que já rodou o mundo, fala mais de 8 línguas e mistura tudo formando um gromelô. Ela participou de diversos congressos de pulgas importantíssimos e sua tese de doutorado "Estratégias para não se perder no meio de um monte de pêlos" já recebeu muitos prêmios... Moila! A pulguinha falante!

 

(silêncio)

 

Eva: (Um pouco mais sem jeito) - Ah! Desculpem, eu esqueci! Ela é muito falante, mas no momento está sem voz. É que...desde que tudo no mundo virou do avesso e a ventania começou a soprar, ela ficou traumatizada...É, mas já já vou contar essa história.  Antes, quero cantar uma canção com as minhas pulguinhas. (Som de três batitinhas):

 

EVA E AS PULGUINHAS

 

Eva(canta): Olfa, Nuska, Moila

As 3: Eva, Eva, Eva.

Eva: Moila, Nuska, Olfa

As 3: Eva, Eva, Eva

 

*Será que não faltam mais duas frases?

 

Eva: Elas cantam, elas pulam, elas falam, elas gritam, elas comem, elas dançam...(Confidencia) e elas também se irritam! (As 3 pulgas falam frases irritadas).

 

Eva (canta): Elas brincam, elas brigam, elas choram, elas caem, gargalham ao infinito

 

As 3 pulguinhas gargalham

 

Eva (canta): Minhas pulguinhas tão gracinhas, lindinhas e fofinhas. Do circo!

 

(Som de aplausos das pulguinhas)

 

Eva:  Ai como eu adoro cantar com elas! (Suspira) - Bom, essa história começou em outro tempo, e não faz tanto tempo assim. Um tempo quando todos se juntavam sem medo. O circo estava lotado e de tanta gente na plateia, precisávamos de mais gente no picadeiro. Então, nós resolveremos abrir uma seleção pelo o país! A trapezista Lelenka e o músico Nô, fizeram vídeo, lançaram anúncio nas rádios, nos jornais e até música teve! Que emoção!

 

(Entra chamada do rádio: Vinheta de Lelenka e Nô).

Nô: Vagas abertas para fazer parte do Grande Circo da Lua!

Lelenka: Venha fazer parte dessa História. Se você é diferente, isso é que importa! O que você faz de melhor? Qual o seu talento escondido? Todo mundo tem um! Todo mundo é especial!

 

CIRCO DA LUA

 

Circo da Lua

Venha tu, venha ele, venha ela, venham todos

Circo da Lua

Impossível ser normal

Circo da Lua

Um lugar pra todos,

Um lugar pra ser especial

 

 

 

 

(Fim de música explosiva).

 

Eva: Muitas pessoas nos procuraram, teve fila rodando a cidade. Todo mundo queria trabalhar no Circo da Lua. As pulguinhas que selecionavam. Vocês lembram, Olfa, Nuska e Moila o que falavam?

 

Olfa: A gente te liga. Não liga para a gente.

 

Eva: (Gargalha) - Você adorava falar isso, Olfa!

 

Nuska: Entramos em contato.

 

Eva: Isso Nuska, sempre muito chique! E você Moila? O que falava?

 

(Moila não fala nada. O clima de alegria baixa um pouco)

 

Eva: Tudo bem Moila. No momento certo você voltará a falar, não se preocupe, sim. (Voltando a narrar) - Mas como estava contando, trabalhar no circo seria a felicidade para muitas pessoas. Mas nas semanas seguintes… (Barulho de ventania) - Algo muito estranho aconteceu no nosso planeta que superaqueceu. Apesar dos vários avisos que os cientistas deram, as pessoas não acreditavam que a natureza responderia tão ferozmente. (Som de vento e coisas quebrando) - Uma ventania muito forte apareceu. Ela era perigosa e todo mundo estremeceu.

 

(Uma vidraça se quebra em meio a ventania).

 

Eva: Olfa! Nuska! Moila! Fiquem aqui em casa comigo, que assim, não correremos perigo! Moila! Me ouviu? (Moila não fala) - Tadinha! Moila ficou tão assustada, que foi assim que ela acabou perdendo a voz.

(Choro das pulgas)

 

Eva: Vamos ter que esperar essa ventania passar para ela não nos levar.

 

PASSATEMPO

 

Eva: E passa o tempo, passa, passa/

A ventania que demora

Vai logo embora, tenho

Quero sair

Saiiiirrrrr

 

E passa o tempo, não passa o vento

Abro a porta e fecho a porta

Eu tenho, vai embora

Não passar

Eu vou ficar

 

Aaaah ventania

Aaaaah que agonia

 

Passa, não passa,

Passará

Passarinho

Passarão

Passa ventinho

Passa ventão.

(fim da música).

Eva: (Triste) - E a ventania não passou.

(Música triste. Moila, Olfa e Nuska choram).

Eva: As ruas ficaram vazias. Todas as portas fechadas. Ninguém mais se olhava. Ninguém mais se tocava. Será que ventania chegou para ficar e nunca mais iria passar?

Olfa: E agora, Eva? E o nosso circo?

Eva: O Circo, Olfa? Ah… O circo…  Infelizmente ele fechou. Talvez por serem tão pequeninas vocês não consigam enxergar o calendário, mas já se passaram quase dois anos. Dois anos sem circo, sem vermos as pessoas. Que saudade daquela lona lotada de gente.

As pulgas choram mais desesperadas.

Eva: Calma, pulguinhas! Não adianta se desesperar! Temos que ser fortes! Vamos encontrar uma maneira de continuar.

Som das pulgas engolindo o choro.

Eva: Lelenka e Nô trancaram-se dentro do circo enquanto os outros artistas voltaram correndo para suas casas. Os dois conseguiram amarrar os pés do circo no chão de maneira bem firme pra que a lona não saísse voando pelos ares, arrastada pela ventania. Mas com o passar dos dias, dos meses, do ano...as pessoas foram ficando tristes e perdendo a cor.

(Lelenka e Nô em tom de lamentação).

Lelenka:  Ai que saudade da Lica! O que será que ela anda fazendo já que não pode subir no trapézio? E o Babó, o nosso ilustre engolidor de sapos? Que saudade daquele mau humor.

Nô: É...e a Fi?! Será que ainda tá morando dentro daquela maleta? Eu até fiquei com esperança de encontrá-la morando em algum baú do circo quando essa ventania começou mas quando remexi só encontrei coisas e fantasias.

(Os dois suspiram).

Eva: Ninguém se arriscava em sair de casa. Os artistas não podiam mais se apresentar. Não podiam, não, não não!… até que.... um dia desses, que não se podia nada, eles combinaram uma chamada!  É, uma ligação de vídeo em um computador velho que Nô tinha.

(Som de conexão de internet antiga).

Lelenka - (entediada) - Aí, Nô, essa moça já está atrasada. Vamos cancelar esse encontro. Não faz sentido alguém querer falar sobre o circo nesse momento. Prefiro ficar deitada.

Nô - Calma, Lelenka. Ela nos procurou, insistiu, achou a gente não sei como na internet. Vai que que é uma reunião de negócios, vai que ela é uma empresária que pode oferecer dinheiro para reabrirmos o Circo da Lua.

Lelenka - (Mal-humorada e sem paciência) - Reabrir como, Nô? Sem pú-bli-cô?! Hã! Hã! Hã! E desde quando existe Circo sem pú-bli-cô? E onde já se viu alguém te procurar para dar dinheiro? “Oi, tu quer um dinheiro? “.

Nô - (Preocupado) - Ah então será que ela pode nos pedir dinheiro?!

Lelenka - De dois artistas de um Circo fechado? (Solta uma risada debochada)

(Um sinal sonoro indica que Mel está pedindo para entrar na reunião).

Nô - Olha aí, ela está pedindo pra participar da reunião. Aceita. Aceita logo Lelenka!

Lelenka - Calma Nô! Pra quê esse nervosismo?

Nô - Lelenka!

Lelenka - Eu ouvi na rádio o Doutor Fulano de Tal dizendo que a gente não pode aceitar rápido não. Tem que demorar um pouco, se fazer de difícil... ou você não enxerga que nós também podemos ser empresários, ocupados...

Nô - Ah Lelenka! Deixa disso! (Nô aceita a chamada de Mel)

Mel - (Nervosa e ansiosa) - Olá!!! (Super animada) - Oi! Vocês estão me ouvindo?

Lelenka e Nô - Sim!

Mel -  Ah que bom!!! Muito prazer, o meu nome é Mel.

Nô - Oi, Mel. Prazer, Nô.

Lelenka - (Rabujenta) - Prazer, Lelenka.

Mel - Nossa, muito obrigada por vocês me receberem! Tô tão feliz! Eu levei meses pra tomar essa decisão. (Solta uma gargalhada de felicidade) - Mas eu consegui! É um prazer conhecer vocês virtualmente. Que emoção!!!

Lelenka - (Sem paciência) - Ah, que bom.

Mel - É que eu sempre fui muito fã do Circo da Lua. Nossa!

Lelenka - Essa é a nossa primeira "reunião de negócios" por aqui.

Mel - Primeira?!

Lelenka - É! A gente não gosta tanto de máquinas. Gostamos de olhar nos olhos das pessoas. Não é a mesma coisa conversar por aqui. Eu fico logo toda vermelha. Tenho alergia à eletrônicos. Hã! Hã! Hã!

Mel - Eu sei como é. É estranho mesmo. E quando a imagem fica congelada? (Solta uma risada) - Cada cara engraçada que as pessoas ficam. (Se divertindo sozinha).

Nô - Mas diga, Mel, quem é você? De que ramo você é?

Mel - Ramo? Ah não, eu não vim de ramo, relva, nem da grama (Ri). Eu nasci de um repolho mesmo.

Lelenka e Nô - (Assustados e impactados) - Você nasceu de um repolho?!

Mel - É de um repolho. Na minha cidade natal, Pamonhas, as pessoas nascem de repolhos. E eu nasci de um também, mas não é um repolho mofado, esquisito ou repolhudo, não!

Eva - Lelenka e Nô estavam sem palavras. Não conseguiam compreender o que aquela moça, Mel, estava falando.

Lelenka - (Disfarçando) - Nô daonde tu tirou essa doida?

Nô -(Falando baixinho quase sem articular) - Calma, Lelenka, vamos ouví-la.

(Mel começa a nos conta a sua história).

Mel - Então, meu nome é Mel. Mel de Mel mesmo. Não é Melissa, nem Melanie, nem Meliga ou Melancia (Risos). Eu sempre fui uma menina comum que morava numa casinha amarela, muito fofa, lááá em Pamonhas...  Mas eu também sempre gostei de brincar com a minha imaginação. Como toda pessoa comum. Imaginava que um dia pegaria uma bicicleta e voaria por aí. E ficava assim, voando, voando.... Ah!!! Não sei se vocês perceberam mas tenho borboletas na minha cabeça. Elas são minhas companheiras. Sempre as tive! (Pausa) - Só que na minha cidade as pessoas me consideravam "esquisita", não me queriam por perto, adoravam zombar de mim e fazer piadas com as borboletas em volta da minha cabeça...

Eva: Os habitantes de Pamonhas não deixavam a Mel em paz. A graça era rir do seu cabelo, das suas roupas, das suas borboletas, do seu jeito de andar e até de olhar! Que chatice viver assim. Ela não podia caminhar pelas ruas ou chegar na janela sem ouvir piadas.

Paspalho: Dizem que ela nasceu de um repolho mofado, um repolho repolhudo.

Palerma: E essas borboletas em volta da cabeça dela. Que garota estranha!

Paspalho: Esquisita!

Palerma: Complicada.

Paspalho: Bota complicada nisso!

Palerma:  Abobada. Borbolezada.

Paspalho: Deve é ter nascido de um repolho murcho.

Palerma: Ou estragado! (Os dois gargalham).

Paspalho: Coitada!

Eva: Nessa altura, Nô e Lelenka, já estavam completamente conectados na história de Mel.

Mel: E o meu corpo começou a dar nós! (Som de nó) - E as pessoas não paravam de rir dos meus nós. Cheguei a ter sete nós pelo o corpo. Um em cada perna, um no pescoço, num dedo da mão direita, em dois dedos dos meus pés e um no nariz! Alguns tinham pena de mim porque eu gostava de ser eu até o fim. Mas elas não viam que as coitadas eram elas, tão travadas nas suas imaginações.

Nô: Não eram sensíveis.

Lelenka - (Completamente sensibilizada) - Não. (Reflexiva) - É... as pessoas sempre gostavam de rir de mim também. Só porque tenho medo de altura. Hã! Hã! Hâ! Viviam falando "Ai lá vem ela, ela é fresca, diz que fica tonta com uma alturinha de nada".

Nô: É... as pessoas também sempre fizeram piada do meu jeito de falar e cantar.

Lelenka - Mas as pessoas sensíveis se reconhecem nos voos das borboletas!

Mel: Sim! (Pausa) - De tantos nós, eu quase virei um laço.

Nô: E o que você fez?

Mel: Quando o oitavo nó apontou na minha garganta e deu aquela vontade enorme de chorar, achei que era a hora de partir e deixar Pamonhas para atrás. Peguei minha bicicleta e saí correndo pela noite, sob a luz das estrelas (Som da bicicleta andando. Mel fala como se estivesse nela). A minha bicicleta ficou tão feliz, tão feliz, que chorou de alegria. (Som de chorinho).

Nô: E pra onde você foi?!

Lelenka - É! Pra onde?!

Eva, Nuska e Olfa - Conta! ("Conta!" "Fala!" em outras línguas)

Mel: Para um lugar onde as pessoas não tinham medo dos seus nós.

Nô: Onde é que fica esse lugar?

Mel: Demorei para encontrar, mas é uma cidade linda chamada: Merengue. (Pausa) - E sabem o que descobri também nessa cidade? Que não importa se o lugar é longe ou perto. O verdadeiro lugar para me sentir bem está dentro de mim.

Lelenka - Ai que lindo isso! Olha, tô toda arrepiada! (Confidencia) - Sabe, Mel, às vezes eu sinto uns nós na garganta.

Nô: Às vezes eu sinto os nós no coração.

Lelenka - É?! Ai minha Nossa Senhora Desatadora dos Nós! Você tá bem?! Esse nó é bom ou ruim?

Nó: Depende do tamanho da saudade.

Lelenka - Ahhh! É isso?! Que alívio! Quando eu não entendo as coisas, eu também fico noiada.

Mel: É isso! É exatamente isso! Eu descobri que meus nós tinham nomes: saudade, medo, angústia, felicidade. Eu entendi os meus nós!

Lelenka - (Com certo cuidado) - E.…como você está agora?

Mel: Com nozinhos no cabelo.

Nô: Ah tudo bem, o da Lelenka vive embolado!

Lelenka - Nô!  

Mel: Nô, não. Nó!

Lelenka - Estou falando com o Nô, não com seu Nó.

Mel: Ah! Entendi (solta uma gargalhada) - Você são muito engraçados! Eu adoro os artistas, tão diferentes.

Lelenka - (Pigarreia) - Nô! “Lá!”

Nô: Lá aonde?

Lelenka -No violão, Nô!  Toca um “lá”.

(Nô toca um “lá”. Enquanto os acordes mudam, ouvimos o som do chorinho das pulgas)

Eva: Por que vocês estão chorando agora:

Nuska: Essa história da Mel é tão bonita.

Olfa: Mexeu muito com nosso coração.

(Ruídos de Moila tentando falar)

Eva: Omwww. Vocês têm um coração tão pequenininho mas do tamanho do mundo.

Olfa: Deve ser encantação.

Nuska: Não! É encantamento!

(Barulhinhos de Moila)

Eva: Sim!  Nô e Lelenka também ficaram encantados com aquela menina doce com o nome de Mel, cheia de nós, que iluminou aquele dia tedioso e nublado. Mel provou que o olhar verdadeiro e puro pode atravessar até mesmo uma tela de computador e reaquecer o corpo com esperanças. Mel, a menina doce A-BA-LOU!

(Música: Nô toca, Lelenka canta)

MENINA COM NÓS

Lelenka: Era uma vez, era uma vez/

Uma menina bem noiada/

Vivia na imaginação/

Pensava como as borboletas/

Voando livre no salão/

 

Mas ninguém a entendia //

Todos zombavam e debochavam/

E a menina entristecia/

E seu corpo contorcia. /

 (refrão)

E deu nóoooo/

Deu um nó/

Na barriga /

Deu um nó no coração/

Deu um nó no nariz/

Em toda a sua emoção x2/

(A música termina e Mel aplaude feliz)

Mel: Essa sou eu!

Olfa começa a reclamar em alemão:

Eva (chamando a atenção): Olfa! Em Alemão, não! Ninguém entende você.

Olfa (fala em português): Por que eu ainda não conheço a Mel?

Eva: Porque essa história apenas começou. Vocês querem que eu continue.

Olfa: Siimmm!

Nuska: Já estamos ansiosas!

Eva: Ahhh!!!! (risos) - Calma, calma! "Devagar se vai ao longe, principalmente se o colega cochilar"... Já dizia.. Quem disse isso? Ah sim! (Lembra saudosa e sorri) - Foi uma amiga que também se chama Eva, a Furnari! (Pausa) Então,  eu vou contar para vocês o que aconteceu com a chegada de Mel na vida de Nô e Lelenka, mas só no próximo episódio...

Olfa e Nuska: Não!!!!  

E Eva começa a cantarolar... Olfa, Nuska e Moila... e elas respondem suplicando Eva! Eva! Eva!

Eva: Elas cantam, elas pulam, elas falam, elas gritam, elas comem, elas dançam...(Confidencia) e elas também se irritam! (As 3 pulgas falam frases irritadas e o som vai saindo. Eva solta uma risada e se diverte com isso).

 

 

 

FIM DO EPISÓDIO

https://anchor.fm/passaro-azul-producoes/episodes/Ep-1---Respeitvel-Pblico--O-Grande-Circo-da-Lua-e1b46c8
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